Escola de Formação
Ao longo dos seus 35 anos de existência pautando a Convivência com o Semiárido, o Irpaa adotou como estratégia a divulgação dos temas estratégicos que fundamentam a proposta. Nessa perspectiva, teve início em 1992, a Escola de Formação em Convivência com o Semiárido, inicialmente conhecida como Escola para Lavradores, o espaço formativo surgiu como uma estratégia para multiplicar o número de pessoas para entender e defender a Convivência com o Semiárido.
Inicialmente teve como público alvo pessoas, representantes de organizações e movimentos sociais, sindicatos, associações, para discutir a respeito do conceito e da prática da Convivência com o Semiárido, partindo das discussões da produção, captação de água e também das políticas públicas.


A proposta metodológica adotada na escola se baseia na Educação Popular, pregada por Paulo Freire, onde todos aprendem juntas/os, tendo o estudo e o trabalho como princípios essenciais. Por isso, a escola é organizada para que todas/os participem das atividades práticas, culturais e de formação teórica. Além disso, há um processo de envolvimento nas tarefas diárias, desde a alvorada à limpeza dos espaços comuns, atividades realizadas por todas/os, independente de gênero.
Em sua trigésima edição, a Escola de Formação vem contribuindo para a desconstrução do olhar equivocado e estigmatizado sobre a região semiárida e possibilitando que muitas pessoas que participaram das escolas ao longo dos anos possam contribuir em outros espaços.
Após anos de realização da Escola com agricultoras e agricultores, o Irpaa avaliou que era necessário contribuir mais com a continuidade dos debates sobre a Convivência e no fortalecimento de novas lideranças, e por isso fez a opção de mudar o público da escola, apostando na importância e potencial político das juventudes do Semiárido para dar continuidade aos debates nas comunidades e nos espaços de participação social. Nesse sentido, o nome da escola também mudou para Escola de Formação de Juventudes para Convivência com o Semiárido.
Durante a Escola de Formação são debatidos diversos temas fundamentais para a consolidação da Convivência com o Semiárido: terra e território, povos e comunidades tradicionais, tecnologias sociais, saneamento rural, economia solidária, agroecologia, comunicação popular e educação contextualizada, gênero e diversidade e racismo.





