Evento reúne agricultores familiares, poder público, organizações sociais e comunidades beneficiadas para discutir o acesso à água na região
Na abertura do Semiárido Show, o público participou de palestras, rodas de conversa, minicursos e oficinas sobre convivência com o semiárido. Um dos momentos de destaque foi a solenidade que apresentou o Programa Cisternas, iniciativa essencial para garantir água potável a comunidades afetadas pela seca.
A solenidade, realizada no auditório Mandacaru, contou com a assinatura de termos de recebimento e a presença do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) e de famílias beneficiadas.
Durante o encontro, duas mulheres compartilharam como o programa mudou suas vidas. Maria Lindaci Souza de Lima, de Mata Grande (AL), relatou que antes não tinha acesso à água de qualidade para cozinhar, lavar roupas e tomar banho.

“Hoje tudo mudou. Tenho água limpa dentro de casa e agradeço ao presidente Lula por essa conquista”, declarou emocionada.
Clarice da Silva, da comunidade de Curral Novo, no distrito de Massaroca, em Juazeiro, reforçou o impacto positivo das cisternas. Segundo ela, a família dependia de água barrenta de poços e caldeirões ou de caminhões-pipa em tempos de estiagem.

“Agora temos independência com a nossa própria água”, destacou.
Cícero Félix, coordenador-geral do IRPAA, lembrou que nos últimos anos o programa sofreu retrocessos. Ele relatou que, durante o período eleitoral, entregou pessoalmente uma carta ao então candidato Lula pedindo a retomada do investimento em cisternas. “Onde eu passava, a comunidade sempre lembrava dessa necessidade”, afirmou.

O Programa Cisternas, que já atendeu milhares de famílias, segue sendo um dos principais instrumentos de convivência com a seca, e uma referência de política pública no enfrentamento aos desafios de ampliação e manutenção. O Semiárido Show reforçou a importância da parceria entre sociedade civil e governo para garantir o direito básico à água.






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Por Inês Eugênia Cruz e Rayssa Keuri Pereira
Agência MultiCiência – UNEB-Campus III
Fotos: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa







