Desejamos a todos e todas que se esforçam pelos direitos das pessoas e da justiça, um Ano Novo de paz. Que estes dias de confraternização seja um momento de recarregar as forças para o novo engajamento no ano 2012.
Os povos do mundo estão sofrendo com um modelo econômico insustentável, excludente e depredador. Infelizmente o ano vindouro de 2012 não deve ser diferente deste que passou. A ganância do capital concentrador colocou todos os povos desta terra numa dimensão de perigo nunca visto antes. Nas terras do Semiárido brasileiro, as grandes empresas – para os quais o Governo abriu todas as portas e facilidades – ameaçam as Comunidades Tradicionais, numa tentativa de substituí-las por grandes barragens, por plantios para produção de etanol ou alimentos para exportação enquanto nosso povo passa fome, por projetos de mineração, usinas nucleares, entre tantos outros. Isto tudo camuflado pelo discurso de progresso, de desenvolvimento e com Bolsas Família como sustentação da miséria de grande parcela da população deste mesmo Semiárido.
Neste momento cabe muito bem uma fala do bispo emérito D. Pedro Casaldáliga ao lembrar de uma frase de D. Hélder Câmara: “não deixa cair a profecia (…) E mantenhamos a esperança. Pode falhar tudo. Menos a esperança. Estamos na tentação. Vontade às vezes dá de largar tudo. Quanto mais difícil o tempo, mais forte deve ser a esperança.”
Desejamos que o ano de 2012 seja para nós todos e todas um ano para profetizar, soltar a voz no deserto, que chame atenção, que proponha a nova ordem, e, com ações concretas, mostre o caminho da libertação.
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