Discutir as dinâmicas internas, estudar temáticas específicas e realizar planejamento e monitoramento das ações foram objetivos da 4ª reunião interestadual da equipe Executiva do Projeto Semiárido Produtivo, realizada entre os dias 28 e 30 de janeiro, em Juazeiro (BA).
Em um dos momentos de formação, a equipe se dividiu para estudar materiais voltados para a extensão rural no Brasil, tendo como recorte o Semiárido brasileiro. As leituras contemplaram tanto uma linha mais histórica referente a implementação da Assistência Técnica e Extensão Rural – Ater no país, quanto uma abordagem mais política e evolutiva acerca da valorização de aspectos como participação das famílias e comunidades e Ater como política pública.
A ação extensionista presente no Projeto Semiárido Produtivo é uma proposta que envolve a formação voltada para Convivência com o Semiárido como elemento central, um aspecto relevante que deve ser considerado no processo de construção de uma possível política pública a ser consolidada a partir dessas experiências nas comunidades. Para o coordenador institucional do Irpaa, Tiago Pereira, o aspecto produtivo aparece como uma consequência que provoca mudanças significativas, mas que não deve ser visto como mais importante do que o aspecto social e formativo.
O projeto, que é executado em 27 municípios nos estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe, Piauí e Alagoas, prevê ações tanto ligadas ao aspecto social quanto produtivo. Este ano, a implementação de componentes produtivos serão intensificados, já que no primeiro ano do Projeto a prioridade foi o aspecto social, com destaque para elaboração de diagnósticos, formações e planejamentos coletivos. Apesar disso, neste percurso, diversas dimensões ligadas a qualidade de vida das famílias devem ser elencadas, considerando a visão holística e sistêmica que devem está presentes na ação de Ater, especialmente numa perspectiva de transformar o Semiárido Produtivo numa política pública.
Uma dessas dimensões a serem consideradas, é a dimensão fundiária. De acordo com Tiago Pereira, lidar com a realidade de famílias que não possuem terra para produzir é uma preocupação do Semiárido Produtivo. A cultura local e o lazer também aparece como dimensão que não pode ser dispensada no debate nas comunidades, apontando, inclusive, estratégias de geração de renda como o turismo rural, por exemplo.
Com isso, à equipe cabe uma atenção permanente para as diversas realidades do público-alvo do projeto, que são 400 famílias distribuídas nos cinco estados. O Semiárido Produtivo é executado pelo Irpaa desde 2017 através de contrato com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
Texto e foto: Comunicação Irpaa




