O Projeto Semiárido Produtivo está levando esperança para algumas comunidades rurais de Pernambuco, como é caso da agricultora Ana Maria dos Santos, que mora na comunidade Feijão Bravo, Cedro – PE. A agricultora está animada com possibilidade do projeto fortalecer a produção da agricultura familiar em sua comunidade. Ela conta que a comunidade produz hortaliças, feijão, milho, mandioca, criam animais, e que nos quintais é muito comum a produção de frutas. A agricultora espera que o projeto possa “fortalecer a vida no campo”, pontua Ana Maria.
Claudiano de Souza, Assessor Social do projeto, destaca que, mesmo diante deste período de seis anos de estiagem, as famílias estão ansiosas com o início do Semiárido Produtivo. Elas estão “com grande expectativa com o projeto, mas também é uma realidade bastante difícil”, esses anos sem chuva tem testado o poder de resiliência das famílias do Semiárido, complementa Souza.
Quem também compartilha da esperança de colher bons frutos do projeto é Paulo Pedro, coordenador geral do Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não-Governamentais Alternativas – Caatinga, entidade parceira na execução do Semiárido Produtivo. “Para a promoção do bem viver, esse projeto cai como uma luva”.
Todo esse sentimento, foi demonstrando durante o evento de lançamento do Projeto Semiárido Produtivo, realizado nos dias 29 e 30 de novembro, em Ouricuri-PE. O evento reuniu agricultoras/es, lideranças comunitárias, representantes de entidades e movimentos sociais. “O evento é o marco inicial de divulgação”, explica Claudiano de Souza, Assessor Social do projeto. Segundo ele, o momento é também de fazer diagnóstico e firmar parcerias. É o caso do Caatinga, que integra o comitê local de acompanhamento do projeto.
Essas parcerias poderão ser fundamentais para vencer os desafios encontrados em Pernambuco. “Aqui no [Território] Araripe as nossas preocupações são exatamente em função de um processo acelerado de desertificação que está acontecendo”, alerta Paulo Pedro. Ele atribui o processo de desertificação à “criação de gado, o superpastoreio e uso de lenha para calcinação do gesso”, avalia.
Durante os três anos de execução, o Semiárido Produtivo vai acompanhar 100 famílias de Pernambuco, a partir da assessoria técnica, processo de formação, estruturação produtiva coletiva e individual, organização da produção e fortalecimento das associações comunitárias e organizações de base. Para Claudiano Sousa há também a expectativa de que “através do trabalho de assessoria, as comunidades criem autonomia, se fortaleçam, dentro de uma perspectiva social, econômica e mais que tudo organizativa”, projeta.
O Semiárido Produtivo é uma realização do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – Irpaa, com financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
Texto e Foto: Comunicação Irpaa