Terra é tema de formação em EFA de Sobradinho (BA)

 

No último domingo, (25), estudantes do 1º ano e 9º ano da Escola Família Agrícola de Sobradinho (EFAS) participaram de um momento de estudo sobre os temas terra e comunidades tradicionais. Durante a atividade realizada pelo Irpaa, os/as estudantes tiveram a oportunidade de aprofundar os assuntos sobre a colonização portuguesa e suas consequências à região semiárida até os dias de hoje, questão agrária e comunidades tradicionais, sobretudo de Fundo de Pasto.

Os / as estudantes apresentaram as realidades vivenciadas nas suas comunidades referentes à questão da terra, bem conflitos entre outras questões. A discussão teve continuidade com explanações feitas pela representante do Irpaa, além de dinâmicas, peças teatrais e músicas. O encontro foi participativo e todos/as aproveitaram a oportunidade para fazer comparação entre a sua realidade e das famílias rurais da região com tema estudado.

A peça teatral sobre a invasão portuguesa deu visibilidade às consequências negativas que esse fato trouxe para a região semiárida, sobretudo na vida e produção apropriada à realidade das famílias, na origem do latifúndio e violação do direito a terra e território. Os/as estudantes destacaram que muitas famílias não tem a garantia a sua terra e território, sobretudo em tamanho apropriada, em especial nas áreas coletivas, das comunidades de Fundo de Pasto. Reforçaram ainda a importância da organização social das comunidades, destacando que muitas vezes estão enfraquecidas.

Os/as participantes avaliaram que o encontro foi restaurador de conhecimento e a forma como foi contada a história, chamou muita atenção, não esquecendo que as ferramentas pedagógicas utilizadas facilitaram o entendimento.

Por fim, foram aprofundadas as características de comunidades tradicionais de Fundo de Pasto, informações sobre a Lei 12.910/2013, a importância do autoreconhecimento das comunidades e a luta pelos direitos previstos, porém muitas vezes negados. De acordo com o estudante Neilson, “O dia foi muito interessante, gostei muito principalmente o grande incentivo que foi dado para lutarmos pelos nossos direitos e pela garantia de permanência nossa terra”, afirma o estudante.

Texto e foto: Eixo Terra

Edição: Comunicação