Formação da nova equipe
Para desenvolver este trabalho são cerca de 60 novos/as profissionais (técnicos/as em agropecuária, engenheiros/as agrônomos, assistentes sociais, comunicador social e pedagogos), integrando a equipe de colaboradores/as da Instituição. A maioria destes é oriunda de comunidades rurais destes municípios, integrante do Território Sertão do São Francisco.
De 12 a 16 de abril de 2014, esta equipe, antes de ir a campo, participou de formação geral sobre a proposta da Convivência com o Semiárido desenvolvida pelo Irpaa. Durante este momento, eles/as participaram de discussões sobre várias temáticas, com a mediação das/dos integrantes de cada Eixo de atuação da Instituição (Educação, Produção, Terra, Comunicação, Água e Clima). Relações de gênero, educação contextualizada, democratização da comunicação, a produção de alimentos e criação de animais, tecnologias sociais de acesso à água apropriada para a região, questão agrária, são alguns temas aprofundados durante a formação.
O Plano Brasil Sem Miséria, com foco na inclusão produtiva e acesso a políticas públicas, do Governo Federal, também foi um dos temas da formação. Para o coordenador do Projeto de Ater, é preciso oportunizar este momento com os/as novos colaboradores/as para que tenham uma visão ampla acerca da proposta da Convivência com o Semiárido, principalmente, no que e refere à Política Nacional de Assistência técnica e extensão rural.
Para a engenheira agrônoma, Deise Cristina, que vai integrar ao Projeto, este momento está sendo importante e tem contribuído para ela “ter uma visão mais ampla” sobre a proposta de Convivência com o Semiárido.
Desafios
O maior desafio enfrentado pelas famílias camponesas do Semiárido tem sido a garantia do direito à terra. A partir dos diagnósticos das famílias que estão participando da 1ª fase do projeto, o cenário da questão agrária é desfavorável para a maioria destes agricultores familiares, que muitas vezes não tem terra suficiente para viver.
Diante deste cenário, a fim de embasar e aprofundar os conhecimentos da equipe e a forma de como contribuir com a luta pelo direito a terra, a questão agrária foi muito debatida com os/as novo/as colaboradores/as. Entre os temas aprofundados na formação teve-se a regularização fundiária das comunidades tradicionais de fundo e fecho de pasto e tamanho apropriado da terra para viver na região de clima semiárido.
Texto: Comunicação Irpaa