Foi aberta na noite do último dia 14 o 8º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva que acontece até o dia 17 (sexta-feira) no auditório do Fiep, em Campina Grande – PB. Uma média de 350 pessoas de todo o Semiárido e de outras regiões do país, além de representações internacionais, participam do evento que reúne pesquisadores, agricultores e agricultoras, organizações governamentais e da sociedade civil, estudantes.
Na abertura do evento, representantes de entidades organizadoras falaram sobre a importância do evento e deram as boas vindas aos participantes. João Gnadingler, representante da Associação Brasileira de Captação e Manejo de Água de Chuva – ABCMAC e do Irpaa, ambas realizadoras do 8º Simpósio, trouxe o histórico das demais edições do evento, relatando o surgimento do mesmo e os resultados provenientes das discussões. Ao final de sua fala, João afirmou a necessidade da captação de água de chuva ser uma prática em todas as regiões do Brasil, não apenas no Semiárido e nas áreas rurais.
Em seguida, o professor Francisco de Assis Filho, da Universidade Federal do Ceará, debateu o tema do evento “Aproveitamento de água de chuva em diferentes setores e escalas: desafio da gestão integrada”. Na apresentação, Assis Filho destacou o histórico das secas no Brasil e das leis voltadas para os recursos hídricos. Quanto ao desafio da gestão integrada, o professor menciona que é indispensável pensar a partir de pilares como a eficiência econômica e a justiça social, contemplando também uma gestão do ponto de vista dos componentes hídricos, dos aspectos quantitativos e qualitativos e das esferas do poder público.
A Conferência de abertura cumpriu o papel de abrir a discussão acerca da necessidade de pensar a gestão das águas tanto no meio rural quanto urbano, considerando os diversos fins: abastecimento das populações, agricultura, indústria, etc. “O foco é mostrar que é preciso ter um gerenciameto integrado; pensar a água da chuva, dos rios, dos poços, para uso de forma planejada nesses diversos setores” disse o acadêmico.
Considerar cada realidade, o capital social de cada região, seja em área rural ou urbana, é algo essencial nesse processo da gestão dos recursos hídricos no Brasil, apontam as discussões do Simpósio que segue com palestras, mini-cursos, apresentações de trabalhos e experiências e é aberto ao público em geral.
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