O Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), executado por organizações da sociedade civil que integram a Articulação do Semi-Árido (ASA) será retomado em diversas regiões do semiárido brasileiro. Nos municípios baianos de Sobradinho, Juazeiro, Canudos e Macururé, a Unidade Gestora do Projeto é o Irpaa.
Em seis meses, o projeto prevê a implantação de 271 tecnologias de captação e armazenamento de água, muitas já bastante conhecidas na região devido a etapas anteriores do programa. A novidade, no entanto, foi a inclusão de tecnologias como a barraginha, cisterna de enxurrada e os barreiros trincheiras, que até então não estavam inclusos na relação de tecnologias com as quais o P1+2 trabalha.
Para o Irpaa, o desafio é grande, pois o tempo é curto para cumprir a meta estabelecida no contrato, além disso, o período de estiagem e o momento eleitoral que os municípios vivenciam hoje também não são favoráveis. Contudo, é preciso lembrar que o diferencial deste trabalho possibilita a Convivência com o Semiárido e a emancipação das famílias, sobretudo no acesso a água e na viabilidade da produção, defende a equipe técnica do projeto que no Irpaa é composta por seis agentes de campo e um coordenador.
Metas
No total serão construídas 113 cisternas calçadão, 60 cisternas de enxurradas, 65 barreiros trincheiras, 11 BAP’s (Bomba d’Água Popular), 08 barragens subterrâneas, 06 tanques de pedras e 08 barraginhas. Serão oferecidos também cursos de gestão e manejo simplificado de águas, além da capacitação de pedreiros e pedreiras e formação para incentivo à construção de casa de sementes e viveiros de mudas. Intercâmbios e eventos territoriais também serão realizados ao longo da execução do projeto.
A continuidade do programa se deu a partir da pressão da sociedade civil após anúncio do Ministério do Desenvolvimento Social, no final de 2011, de rompimento da parceria entre a ASA Governo Federal.