Numa sociedade bombardeada por inúmeras informações, que chegam até as pessoas rapidamente através dos meios de comunicação como televisão, rádio, e redes sociais, é importante discutir como a produção de conteúdo midiático influencia no comportamento e escolhas da população. Pensando nisso, o Irpaa realizou entre os dias 12 e 13 um dia de estudo sobre comunicação com toda a equipe da instituição.
Através dos conteúdos jornalísticos, de entretenimento ou publicitários, os meios de comunicação influenciam o pensamento das pessoas e assim difundem uma ideia que é abraçada pela maioria, o que é chamado de opinião pública, mas que na verdade é uma opinião forjada a partir dos interesses econômicos e políticos de uma pequena parcela da sociedade, onde estão inseridos os donos da mídia. Isso impede a pluralidade de ideias e, consequentemente, de opiniões, massificando apenas o que é de interesse dos donos dos conglomerados midiáticos do Brasil.
Para a coordenadora do Eixo Educação e Comunicação, Aldenisse Souza, discutir comunicação nesses tempos atuais “É muito necessário, para perceber como a gente tá se comunicando, como esse eu comunicador tem se comportado nas relações pessoais e nas relações políticas”. Além de refletir como cada colaborador e colaboradora pode potencializar o seu eu comunicador nos diversos espaços que atuam: família, trabalho, redes sociais. A formação também discutiu sobre quem controla a mídia no país e quais seus interesses.
A segurança da informação e privacidade de dados foi uma das temáticas que chamou a atenção do colaborador, Bruno da Silva, “Foi a questão da problematização da internet. O quanto somos vulneráveis, a manipulação via internet ou qualquer outro meio de comunicação, e a forma como interagimos ou não com eles”.
Além de contribuir com o desenvolvimento pessoal dos colaboradores e colaboradoras do Irpaa, para que reflitam sobre a importância da comunicação e como estão utilizando as tecnologias e as informações que recebem, as discussões contribuirão na atuação junto às famílias agricultoras, como aponta a colaboradora, Maria de Fátima. “A formação me trouxe a reflexão de cada vez mais ter cuidado com as informações que levo até o público atendido. Me fez refletir o quanto eu, como profissional, posso estar orientando esse público sobre as informações que acessam, para verificar a veracidade dessa informação. E dessa forma, não aceitar Fake News (notícias falsas) como informação”.
Nesse sentido, a colaboradora do Irpaa, Aline Nunes, ressalta “Quando vamos a campo, trabalhar com os agricultores somos antes de técnicos e técnicas, comunicadores. E o comunicar é uma troca, uma relação horizontal onde um saber não sobrepõe o outro. Para além do saber acadêmico/científico é bebendo na fonte das organizações sociais e do saber camponês que a Convivência com o Semiárido se consolida”.
Esses momentos de estudos ajudam a ampliar a percepção sobre o nosso papel como agente de transformação social, construindo uma comunicação atenta e comprometida, tanto com a construção positiva das relações pessoais, quanto com a sociedade mais justa, igualitária.
Texto: Eixo Educação e Comunicação
Foto: Reprodução Zoom