Horta Orgânica contribui para segurança alimentar e geração de renda na comunidade de Riacho Grande

O Sítio Vereda, na comunidade de Riacho Grande, interior de Casa Nova, na Bahia, está ganhando mais vida com o trabalho coletivo do grupo de mulheres formado por Caroline Ferreira da Rocha, Margarida Ferreira Rocha, Raquel Rodrigues, Camila da Costa Rocha e Adriane Rodrigues Ribeiro. Aproximadamente há cinco meses, essas mulheres mudaram suas rotinas diárias para dedicar parte do seu tempo ao cultivo de hortaliças e verduras orgânicas.

A ideia de criar essa horta, nasceu do pai de Caroline, seu Abrão da Costa e foi abraçada pelo grupo de mulheres, que enxergou nessa atividade a oportunidade de garantir alimentos saudáveis para suas famílias. Mas essa iniciativa está indo mais longe, hoje elas comercializam suas produções na feira livre do seu município. Seu Abrão explica que a horta nasceu da necessidade de mostrar que é possível cultivar sem veneno e para contribuir na autoestima, na organização e independência das mulheres. "As nossas famílias ajudam no trabalho… mudou a convivência das famílias, mudou a alimentação, as mulheres se engajaram mesmo no trabalho… nós estamos confiantes, queremos que vá pra frente, que cresça mais ainda", destaca Caroline.

Pensando nessa organização, o grupo criou uma rotina de trabalho. Durante a semana elas se dividem pra cuidar da horta, já o dia de sábado é dedicado exclusivamente para a manutenção da horta, nesse dia elas recebem ajuda dos seus familiares. Toda essa dedicação é pra atender as demandas de pedidos dos produtos. "O pessoal só faz ligar pra gente, a gente leva de encomenda e muitas vezes só dar pra entregar, fica pouca coisa pra vender na feira mesmo", pontua Margarida Ferreira. 

Para Rafaela Rodrigues, o trabalho com horta melhorou a alimentação da sua família, de modo que hoje quando não tem hortaliças no almoço suas crianças já sentem falta. A iniciativa também tem ajudado na segurança alimentar de toda comunidade: "Hoje eles não vão comprar mais em Casa Nova com veneno, eles ligam e a gente vai entregar", diz Rafaela. Além disso, a horta tem melhorado bastante a renda financeira do grupo. É com muito orgulho que Caroline fala que outros grupos estão nascendo na comunidade após conhecer o trabalho que elas vêm realizado. "No futuro espero que outras famílias se engajem e se preocupem em produzir também, aliás depois da gente aqui tem outro grupo de horta".

A grande preocupação do grupo é manter a diversidade de produtos e o cultivo livre de qualquer tipo de veneno. Hoje elas produzem couve, cebolinha, alface, beterraba, pimentão, abobrinha, entre outras hortaliças. "É uma emoção chegar na feira e falar que tudo é orgânico, isso tudo porque estamos preocupadas com a natureza e com que vai comer o que plantamos", pontua Caroline.

Texto e fotos: Comunicação Irpaa