O uso de tecnologias para água de produção dentro do contexto climático, social e político no Semiárido, foram os principais temas em debates durante a realização de mais um intercâmbio de troca de experiências que aconteceu nos dia 13 na Embrapa e dia 14 desse mês no Centro de Formação Dom José Rodrigues, em Juazeiro.
O encontro, promovido por meio de uma parceria entre o Irpaa e a Associação de Assessoria Técnica para Trabalhadores Rurais (Cactus), entidade com sede em Senhor do Bonfim, reuniu técnicos/as e agricultores/as dos municípios de Antônio Gonçalves, Campo Formoso, Jaguararí, Umburanas e de Senhor do Bonfim. Os/as agricultores/as são contemplados com tecnologias de água de produção construídas pelo Projeto Mais Água, executado tanto pelo Irpaa quanto pela Cactus.
Os/as colaboradores/as do Irpaa, Álvaro Luiz e Denis Vieira, ministraram importantes momentos de formação nesse intercâmbio a partir da utilização de tecnologias como cisterna de produção, barreiro trincheira e bomba d’água popular, instaladas no Centro de Formação. Denis fala que o intercâmbio, além de trazer a realidade do Semiárido, discute o uso prático e as viabilidades das tecnologias tanto para a equipe técnica quanto para os agricultores e agricultoras, e que esse tipo de evento de formação e troca de experiências tem gerado importantes mudanças na vida dos agricultores/as que passam a adquirir mais conhecimentos em torno da sua produção familiar.
Para o agricultor Jeová da Silva, da comunidade de Olaria, no interior de Campo Formoso, os conhecimentos adquiridos em momentos como os intercâmbios, tem lhe dado mais experiências e gerado mudanças na sua forma de produzir a partir do uso racional da água em sua propriedade. Jeová diz que até reaprendeu a cultivar maracujá por cima dos canteiros para que a sombra melhore a produção de alface, coentro e outras hortaliças.
Outro produtor bastante entusiasmado com a troca de experiência foi o Rubens de Farias, de Senhor do Bonfim. Ele diz que discutir as tecnologias e obter outras informações sobre o Semiárido, na perspectiva real dos/das agricultores/as, como ocorre nesses intercâmbios, ajuda bastante na formação desses pequenos/as agricultores/as que muitas vezes trabalham sem o devido conhecimento, e que o intercâmbio acontece justamente para dar conta dessa necessidade em ampliar o conhecimento desses agricultores/as.
Texto e foto: Comunicação Irpaa