Pesquisas, desenvolvimento territorial e principalmente balanços e perspectivas da agricultura familiar no Brasil, América Latina e Caribe, foram temas centrais do Seminário Internacional de Agricultura Familiar realizado nos dia 26 e 27 de novembro no Centro de Pesquisa da Embrapa, em Petrolina (PE). O evento, que contou com a participação de várias organizações públicas e da sociedade civil, nacionais e internacionais, fez análises e discussões sobre a resolução do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que institui o ano de 2014 como ano internacional da agricultura familiar.
Palestras, exposições e painéis temáticos sobre o atual modelo, desafios e autoafirmação da agricultura familiar marcaram todo o encontro. Porém, as discussões presentes da Mesa Redonda denominada: Ano Internacional da Agricultura Familiar – Balanços e Perspectivas para o Fortalecimento da Agricultura e o Desenvolvimento Rural na América Latina e Caribe, foi um dos mais importantes do evento.
Esse momento contou com exposições dos representantes do Governo Brasileiro por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Embrapa, juntamente com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e membros do Instituto Interamericano de Técnicas Agropecuárias da Argentina (ITA), Centro de Cooperação Internacional Pesquisa Agronômicas e Desenvolvimento Rural da França (CIRAD) e da Comunidade dos Estados Interamericanos e Caribenho (CELAC).
Perspectivas
Na apresentação das sínteses do encontro, o diretor do Centro de Pesquisa da Embrapa Semiárido, Pedro Gama, elencou desafios a serem superados para melhor promover a agricultura familiar e que vão desde o acesso às políticas públicas territoriais, produção de conhecimentos, novos modelos de pesquisas e de práticas agroecológicas que podem melhor nortear a agricultura familiar na América Latina, Caribe e principalmente no Brasil.
Cícero Félix, Coordenador Geral do Irpaa e que ministrou um painel sobre politicas públicas para Agricultura Familiar com base na agroecologia, lembrou que o modelo de produção agrícola familiar precisa conquistar mais investimentos do governo brasileiro por ser também uma forma louvável de práticas de desenvolvimento sustentável que muito beneficia as pessoas e todos os seres que habitam a terra. Cícero lembrou também que as discussões neste tipo de evento contribuem para que os órgãos de pesquisa como a Embrapa, por exemplo, estreitem suas parcerias com as entidades da sociedade civil que promovem a agricultura familiar no Brasil com base, por exemplo, na agroecologia e na Convivência com o Semiárido.
Texto e Foto: Comunicação Irpaa