Com lançamento da 3ª edição previsto para o mês de agosto deste ano, a campanha “É da nossa conta! Sem trabalho infantil e pelo trabalho adolescente protegido” irá focar todos os esforços na região do Semiárido, tendo como público-alvo as crianças e adolescentes, as famílias e os empregadores. A 1ª edição foi lançada em 2012 com foco nas redes sociais, com vistas a sensibilizar o maior número de pessoas sobre a existencia do Trabalho Infantil e troca de informações relacionadas.
De forma colaborativa, a Campanha acontece a partir da ação de uma rede de organizações parceiras, que contribuem de diversas formas, a exemplo da produção de conteúdo e da mobilização social. A Cipó – Comunicação Interativa, uma Organização Não Governamental sedida em Salvador e com experiência em trabalhar com criança e adolescentes será responsável por gerenciar as ações de formação da campanha, que é uma realização da Fundação Telefônica Vivo.
O coordenador da Cipó, Nilton Lopes, explica que o foco no Semiárido como região prioritária desta edição, traz também uma expectativa que já havia sido pensada desde seu lançamento: “a possibilidade de uma ação forte com impacto que desse resultado concreto”.
Estratégias de Comunicação
Nos dias 19 e 20 de março, aconteceu em Salvador (BA) um Workshop com a participação de diversas organizações que já particpam da Campanha, bem como outras que assumiram o compromisso nesta edição, dentre essas entidades integradas à Articulação do Semiárido (ASA), Rádios Comunitárias da Bahia e outras organizações com atuações diversas nos estados da região semiárida.
Na ocasião, discutiu-se uma série de possibilidades e instrumentos de comunicação que podem ser potencializados para atender aos objetivos da Campanha, especialmente atingindo o público-alvo por meio das mais variadas linguagens e assim contribuindo com a tomada de consciência acerca do Trabalho Infantil e garantias de direitos das crianças e adolescentes, principais vítimas, porém não únicas, desta problemática social.
De acordo com a avaliação de Nilton Lopes, a diversidade de organizaões participantes com experiência em trabalhar no contexto do Semiárido animou ainda mais o andamento da campanha e possibilitou que o evento fosse produtivo, com contribuições que serão referências para a concretização da campanha, a exemplo da produção das peças de comunicação destinadas as mais diversas realidades do Semiárido.
Trabalho Infantil no Semiárido
Seja no campo ou na área urbana, a prática do Trabalho Infantil ainda é uma constante, chegando a ser naturalizado por boa parte da sociedade. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 1 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos trabalham no Brasil, sendo o Semiárido uma das regiões de maiores índices.
As formas de trabalho variam desde a oferta de serviço nas ruas como lavadores e guardadores de automóveis até trabalho nos setores da lavoura e pecuária. Parte desas crianças e adolescentes ficam fora da escola ou apresentam baixo rendimento. Apesar de programas governamentais voltados para a erradicação do Trabalho Infantil e em defesa do trabalho adolescente protegido, de acordo com dados apresentados pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos anos tem se visto uma desaceleração no ritmo da redução nos índices do TI.
Texto e Foto: Comunicação Irpaa