A cidade de Campina Grande (PB) sedia desde o último dia 04, o II Encontro Nacional de Combate aos Efeitos da Desertificação – ENED. O evento, que vai até o dia 06, acontece no auditório do Instituto Nacional do Semiárido (INSA) e reúne representantes do governo e da sociedade civil em uma discussão ampliada sobre o avanço da desertificação, suas causas e seus efeitos.
As experiências de Convivência com o Semiárido apresentadas nos encontros regionais de preparação para o II ENED, especialmente na Bahia, foram apontadas como importantes estratégias para o enfrentamento dos efeitos da desertificação que há anos afligem regiões como Juazeiro, Guanambi, Irecê e Jeremoabo. Essas experiências promovidas por organizações da sociedade civil e vistas como exitosas, tem como pano de fundo, ações que contribuem para promoção da segurança hídrica e alimentar e preservação do meio ambiente, com base também no modelo de educação contextualizada e voltada para a realidade do sertão.
Dentro de todo um conjunto de experiências, destacam-se as ações de recomposição e preservação da Caatinga, uso de tecnologias de armazenamento de água de chuva para o consumo e para produção, criação de pequenos animais e o extrativismo sustentável. Práticas vivenciadas por comunidades de fundos de pasto como forma de vida e produção que reconhecem as fragilidades do ecossistema semiárido, e que, no ponto de vista ambiental, promovem maneiras diferentes de explorar esse ecossistema sem degradar seus recursos naturais.
Tiago Pereira, representante da região de Juazeiro e um dos moderadores do encontro, lembra que o evento servirá também para chamar a atenção dos governos federal e estadual para o cumprimento das diretrizes de combate aos efeitos da desertificação tiradas em encontros anteriores. Diretrizes que precisam avançar como propostas e encaminhamentos para uma Politica Nacional de Convivência com o Semiárido. Tiago lembra que o encontro também contribui para reafirmar a importância das experiências bem sucedidas no tocante ao enfreamento desse problema que atinge mais de 30 milhões de pessoas em todo o Brasil.