No último dia 30 de abril, aconteceu em Uauá, reunião com a Coopercuc para discutir a Comercialização Institucional e Bases de Serviço do Território a partir da assessoria da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado da Bahia – Unicafs/ BA aos empreendimentos da agricultura familiar no Sertão do São Francisco.
Estavam presentes no encontro, Adilson Ribeiro, presidente da Coopercuc e demais representantes da cooperativa, Tiago Pereira, representante do Irpaa, Paulo César, assessor técnico da Base de Serviço do Território pela Unicafs/ BA e Guilherme Souza, consultor do MDA/Suaf.
Uma das pautas mais discutidas foi o acesso das cooperativas e associações da agricultura familiar aos Programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e como a assessoria da Unicafs vai desenvolver seu trabalho junto a essas entidades, no sentido de contribuir com o acesso a essas políticas. Segundo Paulo César, a Unicafs vai atuar em 13 territórios da Bahia, mapeando dez empreendimentos, que tenha produção no mercado do Pnae e PAA ou produtos que possam ser comercializados por essas políticas.
A partir desse mapeamento será construído um diagnóstico do estágio em que cada empreendimento se encontra, para posteriormente elaborar a forma de atuação da assessoria, seja no apoio logístico, no diálogo juntos as secretarias municipais, as Direc’s para facilitar o acesso a esses programas. Capacitação, orientações sobre como elaborar, acessar e prestar contas das políticas públicas serão algumas das ações da assessoria. Guilherme Souza diz que os técnicos são “um elo, um articulador entre quem tá comprando, que são entidades públicas, prefeitura, Estado, Conab, as entidades executoras desses dois programas e com quem tá vendendo, como as cooperativas, associações, redes”.
No encontro, Adilson Ribeiro trouxe para a discussão a possibilidade do PAA tornar-se uma política pública e Guilherme ressaltou que essa pauta é um pleito das cooperativas, das organizações sociais, uma discussão antiga, mas que é válida. "É necessário que se faça esse enfrentamento junto ao congresso, junto ao poder legislativo e dessa forma garanta a permanência desse programa, independente de governo que está na situação e dos governantes”, pontuou Guilherme que defende que essa é uma discussão de nível nacional e que é preciso chegar em Brasília.
No decorrer da reunião foram pontuados os avanços no processo de fortalecer a agricultura familiar e realizados encaminhamentos a serem executados para potencializar a gestão e comercialização dos produtos oriundos das cooperativas e associações, principalmente no mercado institucional.