Na última quinta feira (25) aconteceu na Universidade do Estado de Bahia, em Juazeiro, o V Ciclo de Estudos do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Educação Contextualizada (NEPEC) e o e o lançamento do livro “Natureza, Território e Convivência: Novas Territorialidades no Semiárido Brasileiro”, da geógrafa Luzineide Dourado Carvalho. O encontro abordou a discussão sobre a Educação na perspectiva de Heidegger e as correlações com a circum-mundaneidade da Convivência com o Semiárido Brasileiro, com o filósofo João Gelson Tesser, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O professor João Gelson fez sua explanação a partir de assuntos como tecnologias, natureza, cidades e educação, baseado nos pensamentos de Heidegger. Ele também discutiu que o entendimento do mundo está sendo em torno do capitalismo, e que o papel da cidade/metrópole é de ser um ambiente de estudo e pesquisa e não voltado para lucro, ressaltou que o homem está cada vez mais preocupado em ter do que ser, principalmente na cidade. “Talvez a gente encontre mais autenticidade no homem do campo do que na metrópole”, afirmou.
Em outro momento do evento Luzineide Dourado fez o lançamento do seu livro, que foi resultado do trabalho de tese do seu doutorado. O livro nasceu do mapeamento do Território Sertão do São Francisco, cujo objetivo era identificar os programas e práticas de Convivência, como o acesso à água, democratização da terra, comercialização dos produtos identitários e outras ações desenvolvidas por instituições como Irpaa e Sasop (Serviço de Assessoria a Organizações Populares).
Luzineide Dourado demostrou sua preocupação em fazer um livro com uma linguagem de fácil leitura e não acadêmica, mas que não perdesse conteúdo, e apontou a abordagem de retratar um Seminário humano como um diferencial no seu livro. “Dois diferencias é representando no livro: um é mostrar um Semiárido diverso, plural e não ficar só na discussão da seca, mostrar seu potencial, se assumindo com suas potencialidades; e outro diferencial é na dimensão humana, do que é ser um sujeito no Semiárido”, comentou.
Ela também fala das descobertas feitas a partir das suas pesquisas, uma delas é à força da mulher sertaneja. Para a professora, as mulheres estão sendo protagonistas das ações de Convivência com o Seminário e cada município do Território Sertão do São Francisco tem sua peculiaridade.