O conhecimento das potencialidades do Semiárido, a relação dialógica com as/os produtores e produtoras acompanhadas/os, a didática adaptada a cada público, a valorização da mística nas atividades, são alguns dos elementos essenciais na ação do Irpaa concretizada também a partir do serviço de Assessoria Técnica e Extensão Rural – ATER. Com o objetivo de trabalhar a formação da equipe técnica que irá acompanhar 1.920 famílias ao longo de um ano, está acontecendo no período de 19 a 22 encontro de formação destes profissionais.
Reunidos/as no centro de Formação Vargem da Cruz, os 21 membros da equipe do novo projeto discutem desde os quatro eixos norteadores da ação do Irpaa (água, terra, produção e educação) até o significado da mística e sua importância na difusão da proposta de Convivência com o Semiárido. A partir de atividades práticas e teóricas, as/os participantes revisam temas específicos com os quais terão relação direta ao longo do trabalho.
“Essas formações, mesmo que sejam com os mesmos temas, sempre surgem coisas novas, isso dá também um ânimo para cumprir mais uma etapa e o mais importante é saber que podemos contribuir cada vez mais para ampliar a discussão de Convivência com o Semiárido junto ao produtor em suas comunidades”, detalha Adelmo José, que já atuou no trabalho de ATER em outros projetos da instituição.
Projeto
82 comunidades dos municípios de Juazeiro, Casa Nova, Sobradinho, Sento Sé, Curaçá, Uauá e Canudos, no sertão do São Francisco (BA), serão beneficiadas com as metas do serviço de ATER executado pelo Irpaa a partir de convênio com a Superintendência de Agricultura Familiar da Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia.
Em um ano, serão realizadas reuniões, visitas, dias de campo, cursos, seminários, intercâmbios, visando resultados que venham a beneficiar as comunidades acompanhadas, fortalecendo a agricultura familiar na região. A organização social e a implementação de alternativas que possibilitem o incremento na renda das famílias e a permanência das mesmas em suas propriedades são alguns dos resultados estabelecidos para serem alcançados, destaca Tiago Pereira, coordenador do Eixo Produção do Irpaa. “Para garantir tudo isso e contribuir com este empoderamento, nós precisamos de terra, precisamos de água, de educação e de produção agroecológica apropriada”, argumenta Tiago, que é também responsável por acompanhar a execução da ATER nos municípios.
As comunidades atendidas foram definidas tendo em vista a existência de tecnologias implantadas pelo Irpaa, a exemplo de tecnologias hídricas ou de fomento a produção de ração, criação de animais, beneficiamento de produtos, entre outras. Antes da equipe ir a campo, será feito um diagnóstico de cada comunidade levando em consideração o aspecto social, produtivo, organizacional, comercial e econômico. Em seguida será feito o diagnóstico das Unidade de Produção, o que definirá a intervenção adaptada à necessidade de cada propriedade.