Encerrou ontem (16) no centro Vargem da Cruz, a 21ª Escola de Formação para Convivência com o Semiárido, realizada anualmente pelo Irpaa. Este ano, a Escola aconteceu entre os dias 05 e 16 de março e contou com a participação de 52 pessoas de diversos municípios da Bahia e do Ceará.
Ao final, como acontece todos os anos, as/os participantes firmaram o compromisso de serem multiplicadores da proposta de Convivência com o Semiárido, assumindo assim a condição de serem “profetas” do Semiárido, como fez refletir algumas passagens bíblicas vistas ao longo da Escola.
Além de trabalhar os principais temas e práticas essenciais para o entendimento e execução da proposta de Convivência, a Escola tem por objetivo incentivar a implementação da mesma nas propriedades. Assim, no último dia é feita também uma demonstração de como o/a agricultor/a pode garantir a sustentabilidade de sua propriedade, priorizando cultivos e criação de animais adequados.
Centenas de pessoas já passaram pela Escola de Formação do Irpaa e hoje são praticantes e defensoras da viabilidade da Convivência com o clima da região. Este ano, agricultores/as, estudantes, agentes de campo, jovens e adultos, voltaram para casa com a preocupação de compartilhar a experiência com quem não pode participar. Para isso, ao longo da Escola, instrumentos como o teatro, cordel, músicas, dinâmicas e outras linguagens foram bastante valorizadas pelo grupo, com o intuito também de utilizá-las no retorno para casa como forma de compartilhar o aprendizado.
Veja alguns dos cordéis produzidos pelos/as participantes
Avaliação
Como parte da metodologia da Escola, no último dia ocorre também a avaliação, momento em que as/os participantes expõem os pontos positivos e negativos percebidos ao longo das duas semanas e também apresentam sugestões. Os pontos levantados são considerados pelo Irpaa, a fim de melhorar cada vez mais a dinâmica da Escola, que se propõe a ser um espaço de troca de experiências, reconhecendo a importância do saber popular trazido pelos/as participantes e da relação dialógica que deve haver entre o público participante e quem ministra as formações.