Estudantes de Ciências Agrárias da UNIVASF conhecem Centro de Formação do IRPAA

Uma iniciativa do Diretório Central dos/das Estudantes da UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco – possibilitou um grupo de estudantes das áreas de Ciências Agrárias ter um conhecimento mínimo acerca da proposta de Convivência com o Semiárido a partir do trabalho do Irpaa.

A visita aconteceu na tarde do dia 05 de março no Centro de Formação Vargem da Cruz, onde o grupo de aproximadamente 50 estudantes dos cursos de agronomia, zootecnia e medicina veterinária teve a oportunidade de conhecer um pouco do trabalho desenvolvido pela entidade e a necessidade do mesmo na realidade desta região.

Para a presidenta do DCE da UNIVASF, Sarah Fonseca, esta é uma forma de afirmar a necessidade do compromisso que as/os estudantes precisam ter com a comunidade e despertar para a importância de trabalhar na região e, acima de tudo, ser um/a profissional comprometido/a. Boa parte do grupo cursa os períodos iniciais e por isso é importante ter acesso às experiências que pouco são valorizadas no ambiente formal da Universidade, reconhece Diego Albuquerque, estudante de Agronomia da UNEB que também contribuiu com a visita.

 

Formação paralela

Em muitas escolas e Universidades o Movimento Estudantil tem defendido um modelo de educação que possa articular o saber formal e as experiências diversas vivenciadas no meio popular. Nisto, a integração entre a academia e os movimentos sociais é vista como estratégica na formação de profissionais críticos e, sobretudo, comprometidos com a transformação social que possa favorecer a maioria.

Reconhecendo a importância de iniciativas de ONG’s e Movimentos Sociais diversos, tem se buscado aproximar o que se discute na sala de aula e laboratórios universitários com a prática cotidiana dos grupos sociais que constroem a sociedade estudada nos livros. Na visita ao Irpaa, o representante nacional da Federação de Estudantes de Agronomia do Brasil, Martin Witter, destacou que é de extrema necessidade esse contato das/dos estudantes com o “chão onde pisa” e lembrou que no Rio Grande do Sul, onde cursa o 8º período de agronomia, estuda tudo sobre a cultura da soja, por exemplo, mas nunca esteve em uma lavoura, para conhecer na prática, conversar com o produtor, etc.

Assim, os espaços de formação como os Estágios Interdisciplinares de Vivência, os projetos de Extensão e a militância estudantil junto a outros movimentos sociais, são defendidas como parte da formação acadêmica capaz de fazer a diferença na atuação do/da futuro profissional de qualquer área de atuação.