TERRA – A BASE PARA A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO

 CasaNaCabeça

Imagine ter casa, cisterna, criação de cabras, mas não tem terra.
Onde colocar a casa? A cisterna? A bomba manual? Onde plantar e criar?

Uma das propostas para democratizar a terra e utilizar ela de forma apropriada e dentro a função social são as comunidades tradicionais de Fundo de Pasto. As famílias no semiárido vivem, produzem e criam nas áreas de Fundo de Pasto, pois compreendem que é o jeito apropriado de convivência com a realidade local.

Os Fundos de Pasto constituem um sistema de ocupação coletiva de terras por comunidades, em geral, com certo grau de parentesco ou compadrio. Jeito decisivamente para a viabilização da vida e da economia familiar, além disso da proteção ao meio ambiente e bioma Caatinga ou Cerrado.

A Articulação Estadual de Fundos e Feches de Pasto enumerou alguns traços em comum que caracterizam o sistema:

Posses bastante antigas de terras usadas em pastoreiro extensivo ou semi-extensivo;
Livre utilização destas áreas pelos membros da comunidade;
Ausência de delimitação com cercas e uso de variantes;
Residencias típicas do sertão nas áreas de posse individuais;
Roçados de subsistência individuais de cada família, entre outros,…

A EMBRAPA Semiárido, Petrolina afirma que na região da Depressão Sertaneja as famílias necessitam de 100 a 300 Hetares de terra para a criação de animais (cabra, ovelhas). Estas terras devem estar de livre acesso para os animais. Assim, respeitando a vocação da região semiárida, as famílias possam garantir o seu sustento e a vida digna.