As exposições de pesquisadores e gestores de projetos ambientais apresentadas no III Simpósio de Mudanças Climática e Desertificação no Semiárido Brasileiro mostram o quanto a região dispõe de tecnologias e alternativas relacionadas às mudanças climáticas e seus efeitos . O Simpósio, que começou no último dia 25 e vai até o dia 27 de outubro, no auditório da Univasf em Juazeiro, é uma realização da Embrapa, Univasf, Instituto Nacional do Semiárido e do Ministério de Agricultura e Abastecimento, reúne estudantes, pesquisadores e gestores públicos de toda a região.
Nos painéis de discussões, temas como Politicas para Redução de Emissão de Carbono, Recursos Hídricos e Educação Ambiental estarão na pauta do evento durante os três dias.
O secretário Executivo de Meio Ambiente de Pernambuco, Hélvio Polito, que expôs o tema : Politica Estadual de Mudanças Climáticas e Combate a Desertificação, provocou importantes reflexões a parir dos subsídios legais que já existem na perspetiva de mitigação e prevenção dos efeitos causados pelo aquecimento global, escassez de água, desertificação e outras consequências oriundas das mudanças climáticas.
Nesse sentido, práticas como as que vem sendo desenvolvidas através do Projeto Recaatingamento são vistas como importantes contribuições para prevenção de fenômenos como a desertificação no bioma caatinga. O projeto tem realizado plantio de vegetação nativa, cobertura de solos, além de estimular outras ações contrárias ao surgimento da erosão, das práticas de queimadas e desmatamentos, etc.
A coordenadora do Simpósio, Francilene Angeloti, (pesquisadora da Embrapa/Petrolina-PE), afirma que as orientações tiradas do encontro servirão muito para subsidiar propostas para outros grandes encontros sobre Mudanças Climáticas previstas para acontecer em todo o país em 2012. Para a pesquisadora, é muito importante levantar e pôr em prática as alternativas antes que os problemas previstos provoquem os prejuízos ao meio ambiente.