Diversas plantas nativas ou adaptadas ao clima predominante na caatinga tem nas raízes excelentes reservas hídricas. A palma, cientificamente denominada Opuntia ficus, é capaz de extrair grande quantidade de água, quando plantada em solos profundos. Chegando a possuir até 93% de água, é indicada como forrageira na alimentação de caprinos, ovinos e avestruz.
Possuidora de elevados teores de vitaminas e sais minerais, esta cactácea apresenta percentuais consideráveis de cálcio, fósforo e magnésio, sendo de boa palatabilidade e digestibilidade. Segundo o professor Guilherme Radel, estudioso em gastronomia, na Bahia são cultivadas as espécies forrageiras: palma graúda, palma doce e palma redonda. Os frutos da palma graúda tem sabor adocicado e os brotos podem ser usados como verdura, servidos fritos pu como picles.
Originária do México, a palma é uma das espécies plantadas nas áreas que estão sendo recaatingadas a partir de Projeto desenvolvido pelo Irpaa, uma iniciativa que vem contribuindo com a recuperação de áreas de caatinga e incentivando a preservação, promovendo replantio de mudas nativas ou exóticas, dentre estas diversas pertencentes a família das cactáceas.
Além disso, o trabalho de assessoria técnica e extensão rural realizado pela entidade também contribui com o incentivo à utilização da palma pelos produtores. Ao longo dos anos, o Irpaa tem acompanhado diversas propriedades em municípios como Uauá, Sobradinho, Juazeiro, nas quais os agricultores apostaram e comprovaram a eficácia do cultivo da palma, sobretudo para alimentação do rebanho.
