A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, assinaram no último dia 09 o termo de adesão do banco à Agenda Ambiental da Administração Pública, um programa do ministério que tem o objetivo de implementar a gestão socioambiental sustentável das atividades administrativas e operacionais das instituições públicas.
Serão R$ 6 milhões para projetos de uso sustentável da Caatinga, segundo Hereda, que anunciou a chamada pública de projetos com uso de recursos do Fundo Socioambiental da Caixa, que corresponde a 2% do lucro líquido do banco e de doações. O presidente da Caixa afirma ainda que o fundo já financiou outros projetos, a exemplo da recuperação de nascentes e de gestão de resíduos de construção e demolição. Para Hereda, “há uma carga muito grande de investimentos nas cidades” em habitação, mas é preciso intervir nas cidades, sem gerar problemas ambientais urbanos.
Na ocasião, ministra do Meio Ambiente lembrou que cerca de 85% dos brasileiros vivem em cidades, reforçando a necessidade de estimular a construção sustentável, o que gera economia e condições para que as pessoas morem. Na opinião de Izabella Teixeira, a questão ambiental está relacionada a mudança de comportamento.
Embrapa defende aprovação de proposta que torna a Caatinga patrimônio nacional
Este ano no Dia Nacional da Caatinga, comemorado em abril, o pesquisador e chefe-geral da Embrapa Semiárido, Natoniel Franklin de Melo, defendeu a aprovação, pelo Congresso Nacional, da proposta que torna a Caatinga um patrimônio nacional. Melo afirmou que torce para que o bioma entre na lista de patrimônios e que o objetivo “é propor junto à sociedade e com o parlamento, soluções e alternativas sustentáveis para nosso bioma”.
Naquela ocasião, representantes do Ministério do Meio Ambiente, parlamentares e organizações não governamentais (ONGs) participaram de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para debater a proposta de emenda à Constituição (PEC) que transforma a Caatinga e o Cerrado em patrimônios nacionais.
Segundo o pesquisador da Embrapa, 45% da área de Caatinga já foram alteradas pela ação humana e a degradação ambiental é consequência do uso insustentável de solos e recursos naturais nos últimos anos. Ele acredita, entretanto, que a consciência da população em relação à importância da Caatinga tem aumentado.
Fonte: Agência Brasil