Encerra hoje (25), em Brasília, o Fórum Interconselhos realizado para debater o Plano Plurianual (PPA) para o período 2012 – 2015. O evento reúne representantes de conselhos, comissões nacionais e organizações não-governamnetais para discutir e apontar as principais políticas públicas a serem implementadas pelo governo nos próximos quatro anos.
Para o governo, o PPA pretende auxiliar o aprofundamento e aperfeiçoamento das experiências anteriores. Já o coordenador do IRPAA, Ademilson da Rocha (Tiziu), que participa do evento representando a Articulação do Semi-Árido – ASA, ressaltou a importância da sociedade civil participar também do monitoramento das ações e apontou a necessidade de continuidade deste Fórum.
Além disso, Tiziu destacou na plenária a necessidade de maiores investimentos para agricultura familiar. “É preciso que haja recursos para agricultura familiar. O setor precisa de investimentos e os recursos do governo tem se voltado para os grandes projetos que causa graves impactos ao meio ambiente, retira famílias de suas terras, gerando a miséria de muitos”.
As organizações envolvidas com a temática da Convivência com o Semiárido apresentaram a proposta de criação de um eixo para discutir o reordenamento agrário e urbano, pensando políticas de regionalização que envolvam temas como acesso a água e segurança alimentar, educação contextualizada e outros elementos apontados pela proposta de Convivência com o Semiárido defendida por entidades como o Irpaa.
Plano Brasil sem Miséria
Diversos movimentos sociais conheceram os objetivos do Plano Brasil sem Miséria, apresentado ao segmento pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, em evento realizado em Brasília no último dia 23.
Na opinião da ministra “a rede de organizações não governamentais será importante instrumento para ajudar o Governo Federal a identificar pessoas que ainda estão fora de alcance das políticas públicas”. Para Campello, os movimentos sociais terão importante papel na ação do governo para superação da extrema pobreza no Brasil.
Mas, para o coordenador do Irpaa, a necessidade do governo repensar as formas de combater essa pobreza continuam precisando ser repensadas. Tiziu denunciou o modelo de desenvolvimento que tem sido adotado, o qual tem contribuído para o aumento da desigualdade social e da destruição dos recursos naturais. “Não dá para pensar em combater a pobreza fabricando mais pobreza. Este modelo de desenvolvimento que só faz crescer o agronegócio, que mantém o latifúndio, o mau uso dos recursos hídricos precisa ser combatido também”, posicionou-se.
Com informações da ASCOM Ministério do Planejamento
Foto: Luciano Ribeiro/Divulgação





