As primeiras chuvas que caíram em meados do mês de outubro de 2010, logo contribuíram para o florescimento da caatinga na região de Juazeiro. Três meses depois, mesmo não havendo caído grande quantidade de chuva no município, as famílias de comunidades como Juá, no distrito de Massaroca, já podem contar com um produto bastante útil para o Semiárido: o umbu.
Cientes da importância de agregar valor aos produtos da caatinga, técnicos do Projeto de Assessoria Técnica e Extensão Rural – ATER, desenvolvido pelo Irpaa, promoveram o primeiro curso de beneficiamento do umbu na comunidade rural.
Cerca de 18 pessoas participaram da formação que teve início com a discussão teórica embaixo do umbuzeiro, dando continuidade com a parte prática na cozinha de uma das participantes. Durante o dia, o grupo aprendeu a fazer doce de corte, geléia, compota, doce cremoso e suco desta fruta que ainda é bastante encontrada nas comunidades de Massaroca nessa época do ano.
O distrito é um dos maiores produtores de umbu da região, o que levou os técnicos e Agentes Multiplicadores Rurais do Projeto ATER a mobilizar a comunidade para participar do curso, na perspectiva de contribuir com a agregação de valor a esta matéria-prima ainda pouco valorizada em algumas comunidades e já quase em extinção em outras.
O extrativismo do umbu, tendo por base a sustentabilidade, é uma forma de promover a melhoria da qualidade de vida dos/as produtores/as da comunidade de Juá e região vizinha. O incentivo ao trabalho de beneficiamento através do cooperativismo, por exemplo, é uma forma de promover o desenvolvimento econômico e autonomia das famílias que atualmente vendem por dia grande quantidade de sacas de umbu para cidades como Feira de Santana, sem receberem um valor justo na negociação.