IRPAA forma nova turma na Escola para a Convivência com o Semiárido

Aluno da Escola de Formação IRPAA

No período de 15 a 27 de março de 2009, aconteceu no Centro de Treinamento do IRPAA (Sítio Vargem da Cruz) em Juazeiro BA, mais uma Escola de Formação para a Convivência com o Semiárido. O curso, promovido pelo instituto, acontece há 19 anos seguidos sempre no mês de março. Esse ano, participaram setenta pessoas, a maioria lavradores e lavradoras, incluindo ainda e estudantes, professores e pescadores, todos vindos de diferentes partes do Nordeste: Bahia, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Alagoas, Sergipe e Rio Grande Norte.

A Escola de Formação para a Convivência com o Semiárido, visa discutir as formas apropriadas para uma produção agropecuária familiar praticada com segurança e de forma sustentável aproveitando os recursos naturais que o Semiárido oferece. O conteúdo, trabalha a compreensão sobre como se manifesta o clima no sertão, os regimes de chuvas e as formas corretas para se ter  diferentes fontes de água e diversidade de produção.

Atividades praticadas com mais segurança em áreas de sequeiro como criação de pequenos animais, extrativismo e o beneficiamento  de produtos locais são vistas a partir de uma prática ecológica e ao alcance das famílias de agricultores do Semiárido.

Boa parte desse conteúdo, que inclui educação voltada a realidade do Semiárido, relações de gênero, juventude, políticas públicas e comunicação, é aplicado numa metologia bastante participativa com dinâmicas e trabalhos em grupos com atividades teóricas e demonstrações práticas que acontecem no campo.

Durante o curso, os participantes fazem diversos levantamentos sobre a realidade de suas regiões. Muitas delas, se revelam carentes de investimentos para a produção, acesso a água, saúde e educação. Esses levantamentos servem de subsídios para elaboração de propostas de intervenções na construção de políticas públicas adaptadas ao Semiárido.

Após a formação, os participantes voltam para suas regiões comprometidos em disseminar toda a aprendizagem em suas regiões de origem, e assim, ajudar suas comunidades com propostas capazes de tornar o sertão uma terra viável, produtiva e possível de se viver bem independente de chuva ou de seca.