“A Câmara de Sento Sé reconhece e está orgulhosa pelo trabalho realizado no município. Espero que a experiência de vocês possa continuar ajudando o povo da nossa terra”. As palavras proferidas pelo vereador Jackson Coelho marcaram o início das homenagens ao Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA, na última sexta-feira (21). A sessão solene foi o momento escolhido para concessão de uma Moção de Aplausos pelo trabalho do instituto no município.
Em Sento Sé, o IRPAA desenvolve atividades estratégicas de consolidação da convivência com o Semi-Árido que priorizam a terra, água, a criação de animais e a educação, com destaque para o beneficiamento de produtos, com a criação da fábrica de doces no povoado de Lages e as atividades de formação de professores na Educação Contextualizada.
Durante a sessão, o coordenador do IRPAA, José Moacir dos Santos falou sobre a importância da parceria realizada entre a instituição e o poder público. “O IRPAA só conseguiu trabalhar em lugares em que temos apoio, aqui em Sento Sé trabalhamos há mais de 10 anos com uma comunidade organizada e animada. Esperamos continuar com esse apoio para continuarmos nosso trabalho”.
O coordenador aproveitou o momento para fazer um apelo para que os vereadores fiquem atentos às questões fundiárias. “Segundo o INCRA, Sento Sé é o município que menos reivindica a regulamentação da propriedade da terra na região. O agricultor precisa ter essa segurança, pois ele não vai querer trabalhar e fazer benfeitorias em uma terra que não é sua legalmente. Se queremos ajudar o homem a se fixar no campo temos que garantir a ele ao menos à propriedade de sua terra. Para isso esperamos contar com o apoio da casa legislativa. É bom sabermos que estamos no caminho certo para a construção de uma realidade mais positiva”.
No decorrer da sessão a chefe de gabinete da Secretaria de Educação de Sento Sé, Adébora Almeida, foi convidada a prestar uma homenagem ao instituto. Em seu discurso, Adébora afirmou que desde o início dos trabalhos percebeu a mudança de paradigmas com a proposta de convivência com o Semi-Árido. “O fruto mais gostoso de todo o trabalho foi a retomada do vínculo com a natureza em busca de uma vida mais sustentável. Através do IRPAA percebemos que era preciso rever nossas ações”.
Emocionada, a professora Mariluzia Oliveira Amaral, representante da comunidade de Brejo da Brásida, também fez o uso da palavra. “Nós somos gente e temos os pés no chão, como dizia Paulo Freire. O IRPAA nos deu ânimo e mostrou que somos muito mais. É preciso que a comunidade de Sento Sé acorde para a necessidade de entendermos melhor o lugar onde vivemos".
