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Festival do Peixe de Remanso evidencia conquistas e reivindicações da APPR

Festival do Peixe de Remanso evidencia conquistas e reivindicações da APPR

Com uma programação diversificada, a Associação de Pescadores e Pescadoras de Remanso – APPR realizou nos dias 08 e 09 de outubro o I Festival Gastronômico do Peixe na sede do município baiano que fica às margens do Lago de Sobradinho. O evento contou com a participação de pescadores e pescadoras artesanais do Território Sertão do São Francisco e do Reconcâvo baiano, representantes governamentais e organizações da sociedade civil parceiras na realização do Festival.

Uma das conquistas da APPR, que é composta por 80% de mulheres, foi a recente aquisição de uma cozinha doada pela Secretaria de Desenvolvimento Social da Bahia, através de projeto da Intituição Vida Brasil. Fogoões, forno industrial, panelas, máquinas, balanças, talheres, entre outros itens, o que irá possibilitar uma mudança siginificativa na rotina das mulheres. “São materiais que a gente já almejava há muito tempo e não tinha condições de comprar e graças à Deus vai aumentar nossa produção” diz a tesoureira da associação, Eliete Cunha que já anseia alcançar também mercados na região e continuarem as vendas para o Mercado Institucional.

Durante o Festival houve degustação de produtos derivados do peixe como linguiça, tortinha, lasanha, pastel, empada, sardinha caseira, bolinho e filé de peixe, além de comercialização de artesanatos regionais e apresentações artísticas. Na solenidade de abertura, a presidenta da APPR, Irany da Silva (Danduca), falou dos desafios e da alegria de celebrar as conquistas da Associação. Tomando a organização das pescadoras de Remanso como referência, o Coordenador Geral do Irpaa, Ademilson da Rocha (Tiziu), ressaltou a viabilidade dessas iniciativas de Convivência com o Semiárido como algo que precisa ser reconhecido e, aproveitando a presença da secretária de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Moema Gramacho, reivindicou: “Remanso merece uma Unidade de Beneficiamento”.

A representante da Vida Brasil, Débora Rodrigues, fortaleceu o pedido ao citar que “a maioria dos empreendimentos de Economia Solidária não tem espaço para produção”. Ela chamou atenção para a importância dos poderes públicos apoiarem os pequenos grupos, uma vez que é uma “renda que fica nos municípios, que gera outras rendas nos municípios e territórios”, pontuou Débora. Em seguida, após a fala de Moema Gramacho, o prefeito do município se comprometeu em doar o terreno para construção da Unidade de Beneficiamento da APPR.

Pesca Artesanal

No segundo dia do evento, “A questão da pesca artesanal no Lago de Sobradinho” foi tema do seminário que contou como expositores representantes do Movimento Nacional e Estadual de Pescadores e Pescadoras -MPP, Conselho Pastoral dos Pescadores/as – CPP, Codevasf, além da APPR que fez a fala de boas vindas. Os diversos impactos que o Rio São Francisco vem sofrendo e que atinge diretamente à pesca artesanal foi um dos pontos discutidos.

Os projetos de incentivo à pesca empresarial, financiadas pelo Estado, também esteve no centro do debate. Para a representante do MPP Nacional, Marizélia Lopes (Nega), a psicultura em si hoje não é problema, mas sim o modelo que vem sendo potencializado, o qual não corresponde à lógica da pesca artesanal, de base familiar. “A aquicultura desenhada pelo Ministério da Pesca é para acabar com a pesca artesanal”, disse. Já para Luciano Rocha, da Codevasf, o problema maior é a pesca predatória, ação cometida por muitos/as pescadores/as artesanais, segundo ele. A pesca da malha miúda é uma ação predatória que ele destaca, assim como a poluição do rio por esgotos e agrotóxicos.

O lançamento da Campanha pela Regularização do Território Pesqueiro e coleta de assinaturas para a Lei de Iniciativa Popular também foi um momento-chave do evento. Discussões sobre a relação das mulheres com a Economia Solidária, Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e Programa Nacional de Merenda Escolar – PNAE, além de visita ao terminal pesqueiro e oficinas temáticas também fizeram parte da programação do Festival Gastronômico do Peixe que contou com o patrocínio do Irpaa, Sebrae, CESE, Sasop, Prefeitura de Remanso, Vida Brasil, Codevasf e outros orgãos do governo estadual e federal. A Rede Mulher, o Fórum Baiano de Economia Solidária, a Bahia Pesca, e entidades locais como a Rádio Comunitária Zabelê Fm, a Paróquia e o Restaurante Velho Chico apoiaram o evento.

 


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