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Organizações da AABA debatem desafios do Ater na Agroecologia e fazem planejamento para 2023

Organizações da AABA debatem desafios do Ater na Agroecologia e fazem planejamento para 2023

Avanços e desafios dos projetos de Assessoria Técnica e Extensão Rural (Ater) no estado da Bahia, mobilizações para incidência política em diversos espaços, debate das ações de combate à fome e realização do planejamento dos próximos passos para 2023. Esses foram alguns temas da Plenária Estadual da Articulação de Agroecologia na Bahia (AABA), que aconteceu nos dias 9 e 10 de março, em Salvador, e reuniu representantes de 11 instituições filiadas.

A plenária é uma ação ordinária da entidade e o encontro com as organizações que a integram são estratégicos para o fortalecimento da atuação em rede. Leandra Silva, da coordenação estadual da AABA, ressalta a relevância da atividade para definir questões prioritárias para as organizações. “[...] Tem alguns espaços que são importantes para a gente, como alguns conselhos, algumas comissões e a gente fez encaminhamentos de quais são as organizações que vão representar a AABA nesses espaços. A gente tirou encaminhamentos relativos à nossa incidência junto ao governo do estado, fizemos encaminhamento também para o nosso Encontro Estadual”.

Na plenária, os/as participantes debateram assuntos relacionados aos projetos que estão sendo executados pelas entidades, principalmente, para alinhar as próximas ações. O colaborador do Irpaa, Alessandro Santana, ressalta que esse alinhamento foi fundamental para a organização e continuidade dos trabalhos. “Essas discussões, sem dúvida nenhuma, vão fortalecer as entidades, uma vez que, elas vêem o que está dando certo e então tentam também aplicar e potencializar nos seus biomas, com as suas adaptações, criam estratégia para os desafios que encontram e, de forma organizada, elas apresentam para a BahiAter e para os órgãos que possam contribuir para as soluções”.

Essa articulação, de acordo com Alessandro, é muito importante para a atuação em parceria e anima as organizações. “O trabalhar em rede é muito importante no Ater Agroecologia. Discutir, propor, se articular, foi de fato alcançado esse objetivo […] e as entidades saem fortalecidas, mais organizadas, mais animadas, mais fortalecidas”, destaca.

Como parte da programação, também houve no espaço de comercialização da agricultura familiar Raízes do Brasil, no Pelourinho, uma roda de conversa sobre políticas públicas de Agroecologia. Durante as discussões, a pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Sandra Chaves, detalhou dados de um estudo realizado em 2021 sobre o aumento da fome no país. Ela pontuou que a Bahia obteve um índice, comparado ao geral do Brasil, considerado baixo de insegurança alimentar grave e considera que isso é fruto do trabalho desenvolvido pela sociedade civil organizada.

“[...] Na zona urbana 14,3% e na zona rural, 9,9%. Foi o menor índice de insegurança alimentar grave do Nordeste, compatível com o Sudeste. Na Bahia. Eu acho que todos vocês que trabalham no campo, que estão nas organizações têm que se orgulhar muito desse resultado, porque só posso acreditar que é um trabalho dessas lideranças no campo, da AABA, do conjunto de movimentos sociais que empurra também o estado pra fazer alguma coisa, que garante esse melhor resultado. Nós estamos querendo estudar mais a fundo que políticas, enfim, resultaram nisso”, ressalta Sandra Chaves.

O Saneamento Rural no Semiárido também esteve em discussão no evento. O Irpaa compartilhou as experiências com algumas tecnologias sociais de saneamento e reúso de água e motivou o debate sobre as reivindicações desse direito como política pública. O colaborador do Irpaa, André Rocha, afirma que “[...] foi uma oportunidade de socializar experiência e sugerir, sensibilizar para que mais uma rede possa estar incidindo no processo de políticas públicas, para reivindicar como um direito, para inserir nos seus projetos, nos seus programas, nas suas práticas essas metodologias de coleta, tratamento de esgoto no meio rural para fins de reúso agrícola como ação de estado”.

André complementa que as entidades podem, a partir do trabalho sobre Saneamento Rural, sensibilizar e formar mais famílias para “tanto reivindicar as estruturas que competem ao estado, quanto assumir a contrapartida que é o processo de gestão, de manutenção e operação do sistema”. Além disso, foram pautadas ao longo das discussões outros assuntos que envolvem direitos básicos da população que vive na zona rural. “Uma oportunidade, inclusive, de discutir e pleitear outros direitos que antecedem ao esgotamento sanitário, como é o caso do abastecimento doméstico de água com qualidade e quantidade, da estrutura mínima de banheiros e pias que a casa precisa e compete ao programa de habitação rural. Foi, de fato, um tema, uma experiência muito bem acolhida pelos participantes”, conclui André Rocha.

Comunicação popular e Agroecologia

Com atividades paralelas à Plenária da AABA, o grupo de trabalho (GT) de Comunicação reuniu 13 comunicadores/as populares que integram as organizações da rede. Entre as discussões, os/as participantes trocaram experiências de atuação, avaliaram os desafios da comunicação popular e construíram um planejamento para intensificar a visibilidade das temáticas da Agroecologia, inclusive com mobilizações para reivindicar a aprovação do Projeto de Lei da Agroecologia no estado da Bahia.

O Projeto de Lei 21.916/2016, que institui a Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (PEAPO) deve ser votado em breve. Por isso, o assunto foi destaque nos debates do coletivo de comunicadores/as e também da plenária.

Texto e fotos: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa 


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