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Comunidade em Campo Formoso realiza IV Fórum Quilombola

Comunidade em Campo Formoso realiza IV Fórum Quilombola

Tema do evento foi a representatividade e desafios da mulher negra

A Comunidade Tradicional Quilombola Bebedouro, no interior de Campo Formoso, realizou ontem (24) o IV Fórum Quilombola, com o tema “A representatividade e os desafios da mulher negra na sociedade”. O evento, que deixou de acontecer por dois anos, por conta da pandemia, foi retomado reunindo um público majoritariamente de mulheres.

Tânia Ferreira, integrante da organização do evento, expressa que “é uma alegria muito grande, depois de dois anos de pandemia a gente está retomando o fórum quilombola”. Ela evidencia o papel do fórum, que tem uma função formativa de reconhecimento da identidade quilombola. “As pessoas vão ter o conhecimento do que representa a sua verdadeira identidade”, explica ela.

Segundo Tânia, a escolha do tema deste ano se deu porque “ainda há muito preconceito com as mulheres. A gente quer estar participando e às vezes as pessoas não aceitam, a sociedade acha que a mulher tem que ficar atrás do homem [...] Todo mundo tem autonomia para ser o que quiser”.

A agricultora Luciane Costa lembra com carinho e emoção a realização do primeiro fórum quilombola na comunidade. “No primeiro fórum que nós fizemos foi tão emocionante, tinha tanta gente. E parecia uma coisa lá de outro mundo, que a gente não ia conseguir fazer, mas foi a coisa mais linda”, conta.

Assim como o fórum, as mulheres de Bebedouro criaram a associação, uma conquista importante que também parecia inalcançável, mas se mostrou possível diante do protagonismo feminino. “As mulheres representam muito aqui na comunidade”, exclama Luciana. A articulação para criar a associação surgiu da necessidade de oportunidades e maior respeito às mulheres. “A gente sentiu a necessidade de fazer uma associação para assim a gente ter mais vez, mais força para conseguir os nossos objetivos [...] Como mulher e mulher negra, as oportunidades para nós são poucas”, argumenta ela ao explicar que as mulheres de Bebedouro desenvolvem diversas atividades, dentre essas: artesanato, cultura, trabalho na roça e trabalho de casa.

Luciane relata que no momento inicial da associação, o Irpaa e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional - CAR, estavam chegando na região e isso foi um apoio importante para o fortalecimento da instituição, recém-criada.

O colaborador do Irpaa, Jorlando Silva, que acompanha a comunidade, conta que foi possível contribuir para a organização comunitária de Bebedouro através do projeto Pró-Semiárido. O projeto é uma iniciativa da CAR, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural, órgão ligado ao Governo da Bahia, que conta com recursos advindos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola.

Jorlando destaca o papel da assessoria técnica no fortalecimento da identidade quilombola, estimulando as pessoas dali a “defender a identidade da comunidade”, fortalecendo o “conhecimento e autoconhecimento da comunidade”.

Além das palestras, o evento teve ainda apresentações culturais locais e regionais, a participação das crianças e atendimento com psicóloga e assistente social.

Texto: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa
Fotos: Eixos Clima e Água / Educação e Comunicação do Irpaa


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