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Irpaa Celebra 30 anos e reafirma a importância da Convivência com o Semiárido

Irpaa Celebra 30 anos e reafirma a importância da Convivência com o Semiárido

Atualmente é muito comum saber o que significa Convivência com o Semiárido, bem como reconhecer o quanto esse paradigma transforma para melhor a vida do povo, a relação com a natureza e a compreensão do estado brasileiro sobre o Semiárido, contribuindo com a mudança da perspectiva de políticas públicas voltadas para essa região. Observa-se também que o próprio olhar do seu povo sobre si, sobre a natureza e como viver aqui vem sendo modificado ao passo que desconstrói o estigma de uma região árida, pobre e sofrida.

Conhecer para conviver é o maior lema deste modo de vida que vem sendo construído e aperfeiçoado, tendo como base, principalmente, os ensinamentos do bioma Caatinga e do povo da região diante das condições climáticas. É um olhar atento que partiu das famílias e, que foi transformado em ações de formação, de disseminação de conhecimentos por meio da organização popular e sociais que tiveram a sensibilidade de ouvir a natureza e o povo, estudando, sistematizando e dialogando os saberes com às famílias, as instituições sociais, de pesquisa e extensão, governos, organizações internacionais, etc.

No norte da Bahia, essa movimentação para divulgar que é possível conviver e ao mesmo tempo desconstruir a ideia do combate à seca, começou há mais de trinta anos. Na mesma época, no dia 17 de abril de 1990, nascia na cidade de Juazeiro-BA, o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – Irpaa, com a missão de promover qualidade de vida para as famílias, como profetizou seu fundador e primeiro presidente, o Bispo Dom José Rodrigues. Naquele momento era oficializada esta instituição, que hoje completa 30 anos. Uma geração que tem contribuído para consolidar a Convivência com o Semiárido junto a mais de mais de mil organizações em toda a região.

Harald Shistek, atual presidente e um dos idealizadores do Irpaa, explica que o surgimento do Instituto teve três ingredientes básicos: Primeiro a seca de 1979 a 1983, “observamos que em Juazeiro tinha fartura. Então, a gente descobriu com isso, de desastre em todo canto e, aqui, a experiência boa, que o Semiárido não é uma região de catástrofe, não é castigo de Deus e não adianta fazer combate à seca. O segundo foram os conhecimentos e as descobertas que surgiram com a agricultura alternativa, que mostrou que é possível plantar, criar sem usar insumos químicos, veneno”. O terceiro surgiu a partir de formações na Paróquia de Campo Alegre de Lourdes, “descobrimos que o básico para começar não é a difusão de tecnologia, antes precisa ter formação”, explica Harald.

Ele acrescenta ainda que a partir dessa perspectiva, o trabalho com a Convivência se fortaleceu. “30 anos é uma geração. Nós, desde o início, entendemos que a base de tudo é a formação de conhecimento. Então, esses conhecimentos sobre o clima fazem com que a gente não tenha uma transmissão mecânica de tecnologia. Junto com os/as agricultores/as, que têm o conhecimento sobre o bioma, sobre o clima, etc., conseguimos elaborar tecnologias que são absolutamente importantes para a Convivência com o Semiárido”, avalia Harald.

Partindo deste contexto, muitas foram as ações, as lutas, as estratégias, as articulações e conquistas até o momento. A Coordenadora Administrativa do Irpaa, Nívea Solange Rocha, conta que nestes trinta anos muitas vozes se revelaram e se tornaram protagonistas da luta histórica em defesa da Convivência, fomentando a autonomia das comunidades, o engajamento dos povos e o compromisso dos organismos sociais e de pesquisa com esse paradigma. “Reafirmar os 30 anos hoje é reconhecer esse atores e parceiros como de suma importância, como protagonistas no trabalho de Convivência junto ao Irpaa, sobretudo no trabalho de libertação dos jovens e das mulheres do campo, que por muito tempo foram esquecidos nos processo de pensar política que beneficie esse dois agentes como protagonistas no processo. Estamos no caminho certo”, analisa.

A caminhada da instituição e seu compromisso com os povos do Semiárido segue mesmo diante das adversidades, que por sinal, movem ainda mais o conjunto de forças para defender a proposta da convivência. E todo este trabalho vem sendo reconhecido internacionalmente também, como afirma o coordenador geral do Irpaa, Cicero Felix. “Essa diversidade de segmentos, atores e atrizes sociais tem no Irpaa uma grande referência como sendo uma das entidades pioneiras na construção da proposta de Convivência com o Semiárido. Esse reconhecimento se expressa de várias formas e em vários momentos”, expressa Cícero.

Os avanços, vitórias e conquistas dos povos do Semiárido nestes 30 anos serão celebrados a partir de hoje com publicações especiais no nosso site, nas nossas redes sociais e nas rádios, que terão duas edições especiais do programa Viva Bem no Sertão.
Acompanhe as publicações especiais pelas as hashtags #Irpaa30Anos #30Anos #Irpaa #ConvivênciacomoSemiárido

Texto e Foto: Comunicação Irpaa
 


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