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Uma aula multidisciplinar: estudantes e professoras visitam o Centro de Formação Dom José Rodrigues

Uma aula multidisciplinar: estudantes e professoras visitam o Centro de Formação Dom José Rodrigues

E se um dia aula acontecesse fora da escola, em uma área com várias práticas e tecnologias sociais de Convivência com o Semiárido? Ir além dos muros da unidade escolar, descortinar o olhar para a possibilidade de viver bem, sem causar tanto impacto à natureza, entender melhor o clima da região através de experimentos simples, assim foi a visita de representantes do Colégio Estadual Hildete Lomanto, que estiveram no Centro de Formação Dom José Rodrigues na manhã de hoje (10).

As experiências e tecnologias visitadas pelo grupo formado por aproximadamente 35 estudantes e professoras, envolvem desde tecnologias de armazenamento e tratamento de água e esgoto, a práticas de adubação orgânica, recuperação e preservação da Caatinga, passando também pela criação de animais apropriados ao Semiárido brasileiro. O estudante do 8º ano Paulo Vitor, 14, destaca o reúso de águas cinzas e águas turvas. “É importante por que a gente está reutilizando, não está jogando fora, poluindo”, comenta o adolescente.

O tratamento de águas residuais foi o que mais chamou a atenção das/dos estudantes. Joedson Ryan, 17, que cursa o 1º ano do ensino médio, salienta o reaproveitamento na agricultura das águas provenientes de pias, ralos e sanitário. Na opinião do estudante ao reutilizarmos a água “estamos fazendo um bem para nós mesmos e para a natureza”.

Ver de perto sistemas de tratamento de esgoto surpreendeu Lucas Daniel, 17, que cursa o 3º ano do ensino médio. “O que eu gostei mais foi do tratamento de água aqui. Muito interessante. Eu nunca pensei nessas coisas, como funcionava”, confessa o estudante. A partir do que observou ele sugere que a água utilizada na irrigação de plantas, nas praças da cidade, sejam provenientes de reúso. Para Lucas, essa medida geraria menos desperdício.

Lucas ainda disse estar surpreso com a quantidade de água que evapora no Semiárido. “Eu não sabia que era tanta água que evapora assim”, revela o visitante. A evaporação notada por Lucas foi possível a partir de uma experiência simples, utilizando um prato e dois copos de vidro (sendo um coberto por um pires). Os três recipientes devem conter a mesma quantidade de água e ficar expostas a ação do sol e do vento por aproximadamente 24 horas.

Além da importância das técnicas e tecnologias para a Convivência com o Semiárido, a professora Moema Maniçoba, que leciona as disciplinas Química e Física, chama atenção para o destaque dado ao bioma Caatinga. Na opinião da professora, um dos pontos altos da visita é “a questão de valorizar o bioma que a gente tem: a Caatinga”.

Moema considera valiosa a oportunidade de gerar aprendizado fora da sala de aula. “Isso para eles foi uma informação muito valiosa, para saírem do tradicional de sala de aula, para poder ver na prática aqui” , relata a professora. “A educação não é só sala de aula. Também existe a questão de você olhar na prática, de visitar locais, de visualizar aquilo que você aprende em sala de aula”, complementa.

A professora entende que os saberes se completam, construindo uma rede de conhecimento, aliando a teoria e o fazer. “Na prática é que a gente vê como todos os conhecimentos estão alinhados entre si, se cruzam, se misturam. É isso que enriquece mais ainda o trabalho educacional”, explica Moema.

A opinião de Moema é fortalecida por Luís Almeida, um dos colaboradores do Irpaa que guiou as/os visitantes. Ele considera importante “ter outros momentos de construção do conhecimento para além da sala de aula”. Para Luís, tanto as tecnologias, quanto as práticas vistas “podem ser complementares às aulas feitas em sala”, facilitando, por exemplo, a compreensão acerca das mudanças climáticas.

Essa relação entre o estudo em sala de aula e a visita, também foi notada por Joedson Ryan. Curioso, o estudante a todo tempo fazia perguntas e demonstrava grande habilidade com a matemática ao fazer cálculos de dimensionamento de tecnologias. “Eu vejo que tudo em si tem a matemática: na forma como a gente faz uma cisterna, como a gente aplica um esterco, tudo tem sempre esse contato com a matemática”, argumenta o estudante.

A visita faz parte parte de uma ação que o colégio desenvolve desde o primeiro semestre. Antes da da ida ao Centro de Formação Dom José Rodrigues, a escola já havia recebido integrantes do Irpaa em uma palestra durante as celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente.

Texto e fotos: Comunicação Irpaa 


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