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Ferramenta de emponderamento feminino é tema de debate em Recife

Ferramenta de emponderamento feminino é tema de debate em Recife

A caderneta agroecológica, uma ferramenta que auxilia na visibilidade do trabalho das mulheres e emponderamento feminino, está no centro dos debates de um seminário que acontece entre os dias 03 e 05 de julho, em Recife-PE. A formação é realizada pelo Semear Internacional, programa de gestão do conhecimento em zonas semiáridas do Nordeste do Brasil.

O seminário tem público advindo do Ceará, Sergipe, Paraíba, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais. São agricultoras, representantes de organizações da sociedade civil, de universidades e integrantes do Fida (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), que estão debatendo as formas de utilização da caderneta, a qual deverá ser utilizada pelas equipes de organizações que prestam assessoria técnica para agricultoras e agricultores em 11 estados brasileiros que têm apoio do Fida.

A colaboradora do Irpaa, Kryssia Melo, diz que a ferramenta “vai auxiliar para que as mulheres possam perceber o trabalho que elas realizam... é uma caderneta de anotação da produção”, explica Kryssia, que assessora agricultoras/es em Campo Formoso-BA, através do Pró-Semiárido, projeto do Governo do Estado da Bahia, financiado com recursos oriundos de Acordo de Empréstimo com o Fida.

Entre as participantes do evento está Dona Maria das Graças Ribeiro, 49 anos, agricultora da Comunidade de Lages, em Quixeramobim-CE. Ela percebeu que é preciso ter organização para o controle das contas e percepção justa da produção que acontece na propriedade. “A gente deixava muito disperso, não anotava coisas que agregam no lucro do mês. Nós não temos o costume de anotar aquilo que se usa durante o dia”, destaca Maria das Graças.

Segundo a agricultora cearense, a ferramenta vai ajudar a evidenciar para a família a contribuição feminina. Maria das Graças relata que a família “não acredita que o nosso trabalho traga alguma renda para dentro de casa”. Essas constatações, inclusive, tem sido muito comuns nas Rodas de Aprendizagem realizadas por meio do Pró-Semiárido nas comunidades acompanhadas pelo Irpaa.

A partir de metodologias participativas nessas rodas, verifica-se que o tempo de trabalho da mulher, sobretudo com relação ao trabalho com quintais, hortas e cuidados com os animais, é bastante significativo para a renda mensal, seja gerando proventos através da comercialização ou evitando comprar alimentos no mercado convencional, a chamada renda não monetária.

Segundo a equipe de elaboração, a caderneta deve ser exposta em local de fácil acesso da família, a fim de que todos os dados de compra, venda e doação de produtos, sejam anotados, facilitando assim uma análise fiel de como está a produção naquela propriedade, levando em conta rendas monetárias e não-monetárias.

Para a engenheira agrônoma Ana Lúcia Monteiro, do Crato (CE), que atua no instituto Flor do Pequi, a caderneta deve dar visibilidade do trabalho feminino e fortalecer a gestão. Ela diz ainda que o uso desse material pode ajudar no trabalho de assessoria técnica realizado pelas organizações, contribuindo para mensurar resultados e assim subsidiar a defesa das políticas públicas para as mulheres do campo.


Texto: Comunicação do Irpaa
Foto: Kryssia Melo – colaboradora do Eixo Clima e Água/Irpaa

 


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