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Feira afro-brasileira integra programação do Novembro Negro em Juazeiro

Feira afro-brasileira integra programação do Novembro Negro em Juazeiro

 
Com a intenção de dar visibilidade ao que é produzido pelos povos de comunidades tradicionais, sua cultura e as religiões afro-brasileiras, a Associação Nacional de Cultura de Preservação do Patrimônio de Bantu (Acbantu), realizou a Iª Expo Afro do Sertão do São Francisco. A feira aconteceu no dia 14, no Vaporzinho, localizado na Orla de Juazeiro-BA.

A exposição faz parte de projeto realizado pela Acbantu, intitulado Sala Ia Njila, que significa “o caminho do trabalho”, e contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Juazeiro, através da Secretaria de Promoção da igualdade Racial. O evento reuniu cerca de 12 empreendimentos negros de economia solidária. Vestuários afros, medicinas naturais, culinária e artesanato oriundos da cultura afro-brasileira foram alguns dos produtos comercializados durante a feira.

Segundo uma das idealizadoras da Expo Afro, Ioná Pereira, a ideia é mostrar o potencial dos produtos desenvolvidos por esses grupos, através de um viés negro. "Para isso a gente trouxe povo de terreiro, pessoal da rede de mulheres, que são mulheres negras, para que a cidade tome consciência dessa produção que existe aqui, o que é que a gente de negro tem produzido aqui”, detalha Ioná.

Para Geisa da Silva Santos, que levou para a feira artesanato, acessórios dos Orixás e vestimentas do candomblé, a feira é relevante porque possibilita que as pessoas vejam os membros oriundos de terreiros como trabalhadores/as. “A importância dessa feira é também para conhecerem que a gente não é macumbeiro como têm mania de falar [se referindo a comentários que a população faz], a gente é artesão, o nosso sustento vem do nosso trabalho,” disse a expositora.

Geisa ainda diz que o preconceito em torno do cultura e religião de matrizes africanas é um empecilho para a comercialização dos produtos. “Era pra muita gente usar, comprar, mas só que muita gente tem preconceito e acaba sendo desenvolvido só no meio do povo de terreiro mesmo e a gente precisa expandir, mostrar nosso trabalho, pra todo mundo ver, conhecer e admirar, parar esse preconceito besta”, desabafou.

Nesse sentido, Fabiana da Silva Santos, vendedora de acarajé que participa do terreiro Ilê Asé Omin Kaiodê, afirma que a feira contribui na quebra desse preconceito e que só através da luta é que a cultura dos povos afro-descendentes vai se manter viva. “Essa feira aqui é pra fortalecer a nossa cultura e religião porque a gente deve seguir, a gente deve lutar, porque se a gente lutar a religião da gente nunca vai morrer, a gente tem que lutar, ter amor naquilo que a gente faz, e botar para frente e ter fé e crê no que a gente tem”, disse Fabiana.

O público que frequentou a feira acredita que o espaço é propício para desmistificar pensamentos, mostrar a sociedade as riquezas que existem no meio afro-brasileiro. É o caso de Aperecida da Silva, que visitou o evento e avalia que “essa feira é muito importante pois ela proporciona a divulgação de uma cultura viva aqui no Vale do São Francisco, eu mesma comprei um par de brincos, comi acarajé, temos o dever de desmistificar o preconceito acerca dessa cultura”, comentou.

Existente desde 2000, a ACBANTU tem como objetivo principal reunir pessoas e grupos a fim de dar visibilidade à história do Povo Negro Brasileiro, valorizando as tradições, promovendo e incentivando ações culturais, buscando garantir que sejam assegurados para os povos e comunidades tradicionais afrodescendentes os direitos civis e políticos inerentes à nação brasileira.

Texto e foto: Comunicação Irpaa


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