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Comunicação e representação do negro na mídia são debatidos durante oficina em Lage dos Negros

Comunicação e representação do negro na mídia  são debatidos durante oficina em Lage dos Negros

 Nos meses de setembro, outubro e novembro, jovens do Território Quilombola de Lage dos Negros, no município de Campo Formoso-BA, participarão das atividades do projeto “ Juventude Quilombola e Memória Coletiva: Documentando a História e Cultura do Território Quilombola de Lage dos Negros, Campo Formoso – Bahia”, executado pela Associação de Assistência Técnica e Assessoria aos Trabalhadores Rurais e Movimentos Populares – Cactus.

A proposta do projeto é capacitar jovens quilombolas na linguagem de audiovisual, com o objetivo da juventude contar a história da sua comunidade através da própria ótica, buscando valorizar sua identidade e ancestralidade. Para isso, o projeto ofertará oficinas de comunicação e seminários temáticos abordando a valorização da identidade negra e territorialidade. “A gente já vinha pensando em fazer um trabalho diferente com os jovens, na oportunidade teve esse projeto, no qual a gente tá executando com 50 jovens, todos filhos de beneficiários que a gente atende no nosso projeto de Ater”, afirma Ricardo Bonfim, coordenador da equipe de Ater da Cactus.

O projeto terá como produto um documentário que aborda a história e a cultura do Território Quilombola Lage dos Negros. Nessa perspectiva a primeira oficina do projeto, realizada dias 01 e 02 de setembro, na Escola Rural Quilombola de Lage dos Negros, colocou em debate temáticas ligadas à comunicação: comunicação para Convivência com o Semiárido, comunicação comunitária e popular, democratização dos meios de comunicação, linguagem do audiovisual e a representação do negro na mídia brasileira. O momento foi facilitado por colaboradores da equipe do Irpaa.

De acordo com Álvaro Luiz, colaborador do Irpaa, “é comum ver, na grande mídia e redes sociais, o povo negro sendo exposto de forma pejorativa, estereotipada e até desumana. Também há pouca produção audiovisual sobre este Território circulando na internet e muitas vezes os vídeos publicados reforçam os estereótipos. É hora da juventude escrever uma história diferente, com respeito, orgulho e mais fiel à realidade”, declara um dos facilitadores da oficina.

Durante a programação, os conteúdos foram trabalhados a partir dos vídeos, debates e atividades práticas. Para a jovem Maísa Bispo dos Santos, da comunidade de Lage dos Negros, o debate da crítica da mídia e atividade prática de produção de vídeo foi o destaque da formação. “O que vocês explicaram vai ajudar muito a entender o que cada programa passa… o momento de produzir o vídeo foi marcante, porque na prática você entende melhor que na teoria”, explica a jovem

A jovem Mônica Costa Sales, da comunidade Casa Nova dos Marinhos, já desenvolve um projeto na linha do audiovisual e afirma que a oficina “ aprimorou meus conhecimentos, algumas técnicas que eu pensava que era o correto a se usar e na verdade não é ….vai ajudar muito na questão de fazer entrevista com o pessoal”. Mônica junto com outros jovens desenvolve o projeto do cinema itinerante, no intuito de levar lazer e resgatar a cultura das comunidades locais.

A jovem explica que antes da exibição do filme é apresentado ao público um vídeo que aborda as tradições da comunidade a partir da entrevista do/a morador/a da localidade que está recebendo o cinema, com o intuito de “fazer que uma criança conheça sua história através do nosso cinema, quando estão assistindo o cinema, antes de tudo, retrata a história, como ela foi criada, a cultura”, pontua Mônica.

Além de Casa Nova dos Marinhos, comunidade de Mônica, participam do projeto jovens de Casa Nova dos Amaros, Casa Nova dos Ferreiras, Gameleira do Dida, Borges, Laje de Cima I e II, Alagadiço e Lage dos Negros.

O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do edital Década Estadual Afrodescendente, que propõe a promoção e defesa de direitos da população negra e fortalecimento das comunidades quilombolas, realizado pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial – Sepromi.

Texto e foto: Comunicação Irpaa


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